Será que pra ficar bonita, tem que sofrer? Os nossos antepassados sempre disseram coisas desse tipo e, hoje em dia com tantas facilidades para a beleza, parece até uma maluquice esse tipo de coisa. Mas onde será que surgiu esse tipo de crença?
Nós pesquisamos sobre alguns rituais de beleza que eram praxe para alguns povos em toda a História e podemos afirmar que tem fundamento! Por isso, separamos alguns desses hábitos bem curiosos que já foram “moda” em tempos passados. Você vai se surpreender que, alguns deles, nós conhecemos bem pois ainda resistem ao tempo e nos ajudam na nossa rotina até hoje! Confira.
Os egípcios
A beleza no antigo Egito era muito importante! Tanto mulheres quanto homens davam muito valor à maquiagem e aos rituais de beleza. É de lá, inclusive, que muitos dos ingredientes que usamos até hoje vêm: banhos com óleos vegetais, mel, leite e ervas. Porém, tudo que utilizavam para maquiar o rosto era extremamente tóxico!
O Kohl, por exemplo, que usavam para delinear e maquiar os olhos, era feito de minério de chumbo. O iodo, usado para dar cor aos lábios, assim como tinta de besouro carmim e bromine mannite, também. Sim, isso significa que o ritual da maquiagem intoxicava aos poucos e matava lentamente. A depilação também era importante para os egípcios, que mantinham o corpo sem pelos dos pés à cabeça. Para adornar, utilizavam perucas de cabelos e pelos naturais, que tratavam com cera de abelha e sebo animal.
Cleópatra, símbolo máximo de sedução e poder femininos, também tinha seus rituais esquisitos: seu batom era feito de vísceras de besouro e sua pele era tratada com esterco de crocodilo! Sim, isso que você leu. Reza a lenda que esse costume ainda permanece para algumas “seguidoras” de sua beleza. Mas seu truque mais conhecido era o banho de leite azedo de burro, que funcionava como um peeling que fazia a renovação celular constante, removendo a pele antiga e revelando a camada de pele mais nova.
Os europeus e seus costumes
Por toda a história, relata-se que o povo europeu sempre valorizou a beleza e seus rituais. Máscaras com frutas e banhos em azeite eram habituais. A pele sempre era mantida pálida (quanto mais pálida, mais nobre a pessoa era). Evitavam ao máximo os banhos de sol, para não bronzear nem alterar a cor da pele. Para maquiar e realçar o tom da pele, usavam chumbo e pó de giz.
Das personalidades mais conhecidas, Maria Antonieta foi uma referência! Seus rituais e “segredinhos” de beleza incluíam máscaras faciais feitas de conhaque, ovos, leite em pó e limão. Sim: limão! Parece contraditório para um povo cujo costume é manter a pele clara, mas lembremos que a realeza não se expunha ao sol, logo, não havia o risco de manchas. Para limpar o rosto, era utilizada uma loção feita com água fervida com carne de pombo.
Romanos e a importância do sorriso
O povo romano, apesar de valorizar muito a maquiagem, dava atenção especial ao sorriso. Para eles, o padrão de beleza era ter dentes muito brancos, sem jamais descuidar. E como eles faziam isso? Com preparos à base de ureia. Pesquisando mais a fundo, descobrimos que a ureia utilizada vinha de nada mais, nada menos, que urina.
Já na maquiagem, os famosos delineados negros eram feitos com fuligem. Essa prática continua sendo utilizada na Turquia, acredita? Com tanta maquiagem bacana por aí, as cinzas ainda continuam firmes e fortes destacando o olhar. Para os lábios, eram usados suco de amoreira, borras de vinho e pétalas de rosa.
Os romanos ainda utilizavam feijão cozido e amassado nas rugas, para amenizá-las e evitar o agravamento. Será que dá certo? Acho que temos uma missão para a “central de testes doidos” daqui, hein? Rs
Os indianos e a beleza que transcende
Os indianos sempre enxergaram a beleza como uma forma de conexão do ser com a Terra e com sua própria alma. Esse conceito é incrível e, por mais que hoje em dia a autoestima seja um ponto de muitos debates diários, ainda estamos no caminho de enxergar nossos autocuidados como uma integração real com tudo o que existe.
É profundo, não é mesmo? E para um conceito profundo, rituais igualmente profundos: a Ayurveda é uma constante para todos os tratamentos e, raramente, encontramos qualquer ingrediente de origem animal em suas receitas. Os banhos de ervas e óleos essenciais iam além da estética: eram utilizados também para limpeza espiritual e harmonização. Óleos essenciais e aromaterapia também eram usados pelos indianos e, até hoje, fazem parte do cotidiano religioso e pessoal. A higiene bucal era levada muito a sério e a pele das indianas (que sempre parece impecável) conta com uma esfoliação a seco, realizada com uma escova especial, para renovação celular constante.
Por falar em escovação, os cabelos são o “véu” para as mulheres indianas. Sempre bem lavados e tratados com banhos de óleos, eram cultivados até que atingissem tamanhos enormes. Se tem um povo que sempre foi adepto do “projeto cabelão”, são eles. Por isso que a umectação é tão bem disseminada e apresenta resultados tão bons: a história respalda a eficácia.
Na maquiagem, eram povos mais básicos: a beleza natural era enfatizada, a Henna utilizada para a pintura facial e corporal, óleos essenciais de flores e sândalo eram os perfumes favoritos e, como um toque final, a joalheria cumpria seu papel hierárquico e embelezador. De todas as culturas, os indianos sempre foram os mais reflexivos e enxergavam a beleza muito além do que podiam ver. Interessante, né?!